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Mulheres negras insurgentes de Feira de Santana dos séculos 19 e 20 ganham voz e vez em livro

A socióloga Vilma Reis, candidata a Deputada Federal (PT-BA), participou do lançamento da obra “Mal ou bem procedidas – Transgressões de regras sociais e jurídicas em Feira de Santana, Bahia, 1890-1920”

Mulheres negras, insurgentes e insubmissas transgrediram a ordem social e jurídica em Feira de Santana do final do século 19 e início do século 20. Elas estabeleceram redes de relações, de solidariedade e sociabilidade que as fortaleceu para o enfrentamento dos conflitos e desafios da sociedade escravocrata em que viviam. Suas trajetórias e embates são objeto da dissertação de mestrado da doutora Karine Teixeira Damasceno, convertida em livro sob o título “Mal ou bem procedidas – Transgressões de regras sociais e jurídicas em Feira de Santana, Bahia, 1890-1920”.


No dia 02 de setembro a jovem escritora lançou a obra na Feira do Livro de Feira de Santana e Vilma Reis iniciava ali, o percurso que fez pela Chapada Diamantina no fim de semana (03 e 04), interagindo com comunidades quilombolas e urbanas nos municípios de Lençóis, Seabra, Boninal, Rio de Contas, Livramento de Nossa Senhora.


“Fomos ao encontro de nossas irmãs e irmãos em cada localidade daquele território maravilhoso, para olharmos nos olhos e dizer que estamos reconduzindo este mandato federal para retomarmos o projeto que iniciamos há anos atrás, pela valorização da população negra para que as nossas, os nossos, possam viver com dignidade e acesso a direitos”.

Sobre o livro

Produzido pela Editora da Universidade Federal da Bahia (Edufba), o livro foi lançado sexta-feira (02/08), na Feira do Livro de Feira de Santana (Felifs), em meio a uma grande celebração de amigas/os, parentes, companheiras/os de jornada e o público do encontro literário. A socióloga Vilma Reis, candidata a Deputada Federal pelo Partido dos Trabalhadores (PT-BA), se incorporou ao quilombo assentado no box da Editora da Universidade Estadual de Feira de Santana e compartilhou da vibração positiva que marcou o evento.


“A leitora e o leitor que tiver interesse em conhecer as experiências das mulheres pobres, trabalhadoras e negras de Feira de Santana, do final do século 19 e primeiras décadas do século 20, poderá conhecer aspectos de suas vidas e compreender porque inevitavelmente elas eram transgressoras de regras sociais e jurídicas naqueles anos”, afirma Karine Damasceno em seu livro, organizado a partir da análise acurada de processos crimes, jornais e registros do Conselho Municipal.


“A reconstrução do cotidiano dessas mulheres, que circulavam pelas ruas da cidade, revela suas práticas, seus valores e seu modo de vida que, inevitavelmente, as transformavam em transgressoras do padrão de feminilidade que a elite considerava adequado para os novos tempos”, afirma a professora doutora Nora de Cássia Gomes de Oliveira, referindo-se ao período pós-abolição.


Nascida em Feira de Santana, Bahia, Karine Teixeira Damasceno é doutora em História Social pela Universidade Federal da Bahia (UFBa), mestra em História Social pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), graduada em licenciatura em História pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Atualmente, é pós-doutoranda do Programa de Pós-Graduação em História Social da Cultura na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).


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